SOCIOLOGIA
1- (UEM – Inverno
2008) É correto afirmar que acompanham ou
são conseqüências da atual fase de internacionalização da economia os seguintes
fenômenos:
01) a
reestruturação produtiva, que se refere ao conjunto das transformações que
ocorreu nas tecnologias e nas relações de produção, causando, entre outros, o
desaparecimento de algumas profissões e o desemprego estrutural.
02) o
acirramento da competição tecnológica, que tem reordenado o padrão de
acumulação capitalista e gerado grandes corporações globais, por meio de fusões
de empresas que operam em um determinado setor econômico.
04) a alta
rotatividade da mão-de-obra e formas mais flexíveis e precárias de contrato
entre empregadores e empregados.
08) o
fortalecimento das organizações sindicais, que têm assumido papel decisivo no
conteúdo das mudanças em curso no mundo do trabalho.
16) o
afrouxamento das leis contra imigração, já que os países mais ricos necessitam
da mão-de-obra originária dos países que estão em uma posição econômica
subordinada.
2- (UEM – Inverno 2008) Sobre as relações produtivas desenvolvidas por diferentes grupos
sociais ao longo da história, assinale o que for correto.
01) Nas
sociedades tribais, o trabalho humano está relacionado apenas à satisfação das
necessidades básicas do homem, como, por exemplo, garantir a alimentação e o
abrigo. Por isso, nesses casos, os processos de trabalho não geram relações
propriamente sociais.
02) Segundo
muitos autores, para alcançar a sua subsistência, nem todos os grupos humanos
viveram de atividades produtivas, como ocorreu historicamente nas sociedades de
pescadores, de coletores e de caçadores.
04) Alguns
antropólogos afirmam que grupos indígenas, como os ianomâmis, podem ser
considerados “sociedades de abundância”, pois dedicam poucas horas diárias às
atividades produtivas, mas, apesar disso, têm suas necessidades materiais
satisfeitas. Tais necessidades não são crescentes, como ocorre nas sociedades
capitalistas.
08) Na sociedade
feudal, a terra era o principal meio de produção, porém os direitos sobre ela
pertenciam aos senhores. Os camponeses e os servos nunca podiam decidir o que
produzir, para quem e quando trocar o fruto do seu trabalho.
16) O modo de
produção escravista colonial que ocorreu no Brasil tinha as seguintes
características principais: economia voltada para o mercado externo baseada no
latifúndio, troca de matérias-primas por produtos manufaturados da metrópole e
fraco controle da colônia sobre a comercialização.
3- (UEM – Inverno 2008) Considerando que a produção e a circulação de bens e
de serviços são o resultado da combinação de trabalho, matéria-prima e
instrumentos de produção, assinale o que for correto.
01) Para Karl
Marx, no capitalismo, os trabalhadores encontram-se alienados pelo fato de não
se apropriarem dos resultados do seu trabalho nem controlarem o processo
produtivo.
02) Na produção
capitalista contemporânea, a ciência e a tecnologia tornaram-se forças
produtivas e agentes de acumulação do capital.
04) As
atividades relacionadas às artes e à atividade intelectual não podem ser
consideradas trabalho, pois não produzem riqueza material.
08) No modo de
produção asiático, os escravos e os camponeses entregavam a sua produção ao
Estado, porém o excedente da produção era dividido igualmente por toda a
população.
16) A partir das
mudanças ocorridas em seu processo de produção, o sistema feudal entrou em
declínio, assim, os países europeus predominantemente agrários lentamente se
transformaram em urbano-industriais.
4- (UEM – verão 2008) A
respeito da organização do processo produtivo na economia capitalista no
período pós Segunda Guerra Mundial, assinale o que for correto.
01) A
concentração espacial das distintas etapas do processo produtivo, o forte
controle sobre elas e a acentuada hierarquização das funções constituem
características do denominado modelo fordista.
02) Pode-se
dizer que o toyotismo foi
uma resposta à crise da economia capitalista mundial manifesta na década de
1970. Ele se caracterizou, entre outros fatores, pela exigência de maior
versatilidade dos trabalhadores para o desempenho das funções.
04) O período em
que vigorou hegemonicamente o modelofordista foi
acompanhado pela expansão dos serviços públicos. Nos países de capitalismo
central, essa expansão produziu o denominado Estado de bem estar social.
08) O fordismo caracterizou-se por
métodos que procuraram fazer que os próprios operários internalizassem a
disciplina de trabalho necessária para a acumulação capitalista. Assim,
dispensou a necessidade de várias funções intermediárias do processo produtivo.
16) Embora
distintos, o fordismo e
o toyotismo coincidiram,
igualmente, com períodos de enfraquecimento das organizações sindicais dos
trabalhadores.
5- (UEL – 2003) Antonio Candido, crítico literário com
formação em sociologia, assim escreve sobre as formas de solidariedade na vida
social rural do interior do estado de São Paulo (1948-1954): “Na sociedade caipira a sua manifestação
mais importante é o mutirão, cuja origem tem sido objeto de discussões.
Qualquer que ela seja, todavia, é prática tradicional. (...)
Consiste
essencialmente na reunião de vizinhos, convocados por um deles, a fim de
ajudá-lo a efetuar determinado trabalho: derrubada, roçada, plantio, limpa,
colheita, malhação, construção de casa, fiação, etc. Geralmente os vizinhos são
convocados e o beneficiário lhes oferece alimento e uma festa, que encerra o
trabalho. (...) Um velho caipira me contou que no mutirão não há obrigação para
com as pessoas, e sim para com Deus, por amor de quem serve o próximo; por isso
a ninguém é dado recusar auxílio pedido.” (CANDIDO, A. Os parceiros do Rio Bonito. 9. ed. São
Paulo: Livraria Duas Cidades; Editora 34, 2001. p. 87-89.)
Com base no texto e nos estudos de Émile Durkheim sobre
solidariedade, assinale a alternativa que define a forma de solidariedade que
prevalece no caso citado.
a) A produção
rural desenvolveu o mutirão como forma de solidariedade racional baseada no
cálculo econômico do lucro.
b) A
solidariedade tradicional que aparece na sociedade caipira, estimulada pelo
mutirão, fundamenta-se no modelo de organização do trabalho industrial.
c) A produção
rural recorre ao mutirão como uma forma de solidariedade orgânica, sustentada
na especialização das tarefas e na remuneração equivalente à qualificação
profissional.
d) O mutirão
pode ser caracterizado como uma forma de solidariedade mecânica, pois se baseia
na identidade por vizinhança e nos valores religiosos do grupo social.
e) O mutirão
garante o assalariamento da vizinhança, fortalecendo a solidariedade rural.
6- (UEL – 2003) Leia os textos que seguem. O primeiro é de
autoria do pensador alemão Karl Marx (1818-1883) e foi publicado pela primeira
vez em 1867. O segundo integra um caderno especial sobre trabalho infantil, do
jornal Folha de S. Paulo,
publicado em 1997.
“(...) Tornando
supérflua a força muscular, a maquinaria permite o emprego de trabalhadores sem
força muscular ou com desenvolvimento físico incompleto, mas com membros mais
flexíveis. Por isso, a primeira preocupação do capitalista, ao empregar a
maquinaria, foi a de utilizar o trabalho das mulheres e das crianças. (...)
[Entretanto,] a queda surpreendente e vertical no número de meninos [empregados
nas fábricas] com menos de 13 anos [de idade], que freqüentemente aparece nas
estatísticas inglesas dos últimos 20 anos, foi, em grande parte, segundo o
depoimento dos inspetores de fábrica, resultante de atestados médicos que
aumentavam a idade das crianças para satisfazer a ânsia de exploração do
capitalista e a necessidade de traficância dos pais.” (MARX, K. O Capital: crítica da economia
política. 19. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. Livro I, v. 1,
p. 451 e 454).
“A Constituição
brasileira de 1988 proíbe qualquer tipo de trabalho para menores de 14 anos.
(...) Apesar da proibição constitucional, não existe até hoje uma punição
criminal para quem desobedece à legislação. O empregador que contrata menores
de 14 anos está sujeito apenas a multas. ‘As multas são, na maioria das vezes,
irrisórias, permanecendo na casa dos R$ 500’, afirmou o Procurador do
Trabalho Lélio Bentes Corrêa. Além de não sofrer sanção penal, os empregadores
muitas vezes se livram das multas trabalhistas devido a uma brecha da própria
Constituição. O artigo 7º, inciso XXXIII, proíbe ‘qualquer trabalho’ a menores
de 14 anos, mas abre uma exceção – ‘salvo na condição de aprendiz’.” (Folha de S. Paulo, 1 maio 1997. Caderno
Especial Infância Roubada – Trabalho Infantil.)
Com base nos textos, é correto afirmar:
a) Graças às
críticas e aos embates questionando o trabalho infantil durante o século XIX,
na Inglaterra, o Brasil pôde, no final do século XX, comemorar a erradicação do
trabalho infantil.
b) Em
decorrência do desenvolvimento da maquinaria, foi possível diminuir a
quantidade de trabalho humano, dificultando o emprego do trabalho infantil nas
indústrias desde o século XIX, na Inglaterra, e nos dias atuais, no Brasil.
c) A legislação
proibindo o trabalho infantil na Inglaterra do século XIX e a legislação atual
brasileira são instrumentos suficientes para proteger as crianças contra a
ambição de lucro do capitalista.
d) O trabalho
infantil foi erradicado na Inglaterra, no século XIX, através das ações de
fiscalização dos inspetores nas fábricas, exemplo que foi seguido no Brasil do
século XX.
e) O
desenvolvimento da maquinaria na produção capitalista potencializou, no século
XIX, o emprego do trabalho infantil. Naquele contexto, a legislação de proteção
à criança pôde ser burlada, o que ainda se verifica, de certa maneira, no
Brasil do final do século XX.
8- (UEL – 2003) A expansão da produção capitalista, nos
três primeiros quartos do século XX, esteve assentada principalmente no modelo
de organização fordista. A
partir dos anos 1970, esse modelo sofreu significativas alterações, decorrentes
da dificuldade em enfrentar, através de ganhos de produtividade, a crise que
atingiu o sistema capitalista. Impôs-se ao universo da produção a necessidade
de profunda reestruturação econômica, expressa pela introdução de novas
tecnologias, flexibilidade dos processos de trabalho, dos mercados de trabalho,
dos produtos e dos padrões de consumo. Tais mudanças foram vistas por alguns
como ruptura e, por outros, como continuidade do modelo fordista. De
qualquer maneira, o mundo do trabalho real do século XXI já não é mais o mesmo.
Sobre os impactos concretos que afetaram a produção e o
trabalho no Brasil, no quadro das transformações comentadas no texto, é correto
afirmar que houve:
a) consolidação
do assalariamento regulamentado, através da expansão do emprego com carteira
registrada para a totalidade dos trabalhadores.
b)
fortalecimento do poder de negociação dos sindicatos e elevação contínua da renda
dos trabalhadores.
c) extinção por
inteiro das formas antigas de divisão do trabalho baseada na separação entre
concepção e execução, em decorrência da alta qualificação intelectual dos
trabalhadores.
d) expansão de
formas alternativas de organização do trabalho (trabalho informal, doméstico,
temporário, por hora e subcontratação) em detrimento do assalariamento
tradicional.
e) redução
drástica das jornadas de trabalho e ampliação do tempo de lazer desfrutado
pelos trabalhadores.
9- (UEL – 2003) “Pela
exploração do mercado mundial a burguesia imprime um caráter cosmopolita à
produção e ao consumo em todos os países. Para desespero dos reacionários, ela
retirou à indústria sua base nacional. As velhas indústrias nacionais foram
destruídas e continuam a sê-lo diariamente. (...) Em lugar das antigas
necessidades satisfeitas pelos produtos nacionais, nascem novas necessidades,
que reclamam para sua satisfação os produtos das regiões mais longínquas e dos
climas mais diversos. Em lugar do antigo isolamento de regiões e nações que se
bastavam a si próprias, desenvolve-se um intercâmbio universal, uma universal
interdependência das nações. E isso se refere tanto à produção material como à
produção intelectual. (...) Devido ao rápido aperfeiçoamento dos instrumentos
de produção e ao constante progresso dos meios de comunicação, a burguesia
arrasta para a torrente da civilização mesmo as nações mais bárbaras.” (MARX,
K.; ENGELS, F.Manifesto do Partido
Comunista. São Paulo: Global, 1981. p. 24-25.)
Com base no texto de Karl Marx e Friedrich Engels,
publicado pela primeira vez em 1848, assinale a alternativa correta.
a) Desde o
início, a expansão do modo burguês de produção fica restrita às fronteiras de
cada país, pois o capitalista é conservador quanto às inovações tecnológicas.
b) O processo de
universalização é uma tendência do capitalismo desde sua origem, já que a
burguesia precisa de novos mercados, de novas mercadorias e de condições mais
vantajosas de produção.
c) A expansão do
modo capitalista de produção em escala mundial encontrou empecilhos na
mentalidade burguesa apegada aos métodos tradicionais de organização do
trabalho.
d) Na maioria
dos países não europeus, a universalização do capital encontrou barreiras
alfandegárias que impediram sua expansão.
e) A dificuldade
de comunicação entre os países, devido ao baixo índice de progresso
tecnológico, adiou para o século XX a universalização do modo capitalista de
produção.
10- (UEL – 2004) “No
tempo em que os sindicatos eram fortes, os trabalhadores podiam se queixar do
excesso de velocidade na linha de produção e do índice de acidentes sem medo de
serem despedidos. Agora, apenas um terço dos funcionários da IBP [empresa
alimentícia norte-americana] pertence a algum sindicato. A maioria dos não
sindicalizados é imigrante recente; vários estão no país ilegalmente; e no
geral podem ser despedidos sem aviso prévio por seja qual for o motivo. Não é
um arranjo que encoraje ninguém a fazer queixa. [...] A velocidade das linhas
de produção e o baixo custo trabalhista das fábricas não sindicalizadas da IBP
são agora o padrão de toda indústria.” (SCHLOSSER, Eric. País Fast-Food. São Paulo: Ática, 2002.
p. 221.)
No texto, o autor aborda a universalização, no campo
industrial, dos empregos do tipo Mcjobs“McEmprego”,
comuns em empresas fast-food.
Assinale a alternativa que apresenta somente características desse tipo de
emprego.
a) Alta
remuneração da força-de-trabalho adequada à especialização exigida pelo
processo de produção automatizado.
b) Alta
informalidade relacionada a um ambiente de estabilidade e solidariedade no
espaço da empresa.
c) Baixa
automatização num sistema de grande responsabilidade e de pequena divisão do
trabalho.
d) Altas taxas
de sindicalização entre os trabalhadores aliadas a grandes oportunidades de
avanço na carreira.
e) Baixa
qualificação do trabalhador acompanhada de má remuneração do trabalho e alta
rotatividade.
11- (UEL-2004) No final de 2000 o jornalista Scott Miller
publicou um artigo no The Wall
Street Journal, reproduzido no Estado de S. Paulo (13 dez. 2000), com o
título “Regalia para empregados compromete os lucros da Volks na Alemanha”. No
artigo ele afirma: “A Volkswagen
vende cinco vezes mais automóveis do que a BMW, mas vale menos no
mercado do que a rival. Para saber por que, é preciso pegar um operário
típico da montadora alemã. Klaus Seifert é um veterano da casa. Cabelo
grisalho, Seifert é um planejador eletrônico de currículo impecável. Sua
filha trabalha na montadora e, nas horas vagas, o pai dá aulas de segurança
no trânsito em escolas vizinhas. Mas Seifert tem, ainda, uma bela
estabilidade no emprego. Ganha mais de 100 mil marcos por ano (51.125
euros), embora trabalhe apenas 7 horas e meia por dia, quatro dias por
semana. ‘Sei que falam que somos caros e inflexíveis’, protesta o
alemão durante o almoço no refeitório da sede da Volkswagen AG. ‘Mas
o que ninguém entende é que produzimos veículos muito bons.’ E quanto a lucros
muito bons?”
A relação entre lucro capitalista e remuneração da
força-de-trabalho pode ser abordada a partir do conceito de mais-valia,
definido como aquele “valor produzido
pelo trabalhador [e] que é apropriado pelo capitalista sem que
um equivalente seja dado em troca.” (BOTTOMORE, Tom. Dicionário do pensamento marxista. Rio
de Janeiro: Jorge Zahar, 1998. p. 227).
Com o intuito de ampliar a taxa de extração de mais-valia
absoluta, qual seria a medida imediata mais adequada a ser tomada por uma
empresa de automóveis?
a) Aumentar o
número de veículos vendidos.
b) Transferir
sua fábrica para regiões cuja força-de-trabalho seja altamente qualificada.
c) Incrementar a
produtividade por meio da automatização dos processos de produção.
d) Ampliar os
gastos com o capital constante, ou seja, o valor dispendido em meios de
produção.
e) Intensificar
a produtividade da força de trabalho sem novos investimentos de capital.
12- (UEL – 2005) Fordismo é um termo que se generalizou a
partir da concepção de Antonio Gramsci, que o utiliza para caracterizar o
sistema de produção e gestão empregado por Henry Ford, em sua fábrica, a Ford Motor Co., em Highland Park, Detroit, em 1913. O método
fordista de organização do trabalho produziu surpreendente crescimento da
produtividade, garantindo, assim, produção em larga escala para consumo de
massa. O papel desempenhado pelo fordismo, enquanto sistema produtivo,
despertou, por exemplo, a atenção de Charles Chaplin, que o retratou com ironia
no filmeOs Tempos Modernos. Assinale
a alternativa que apresenta características desse método de gestão e de
organização técnica da produção de mercadorias.
a) Unidade entre
concepção e execução, instaurando um trabalho de conteúdo enriquecido,
preservando-se, assim, as qualificações dos trabalhadores.
b) Substituição
do trabalho fragmentado e simplificado, típico da Revolução Industrial, pelas
“ilhas de produção”, onde o trabalho é realizado em equipes.
c) Supressão
progressiva do trabalhador taylorizado e, conseqüentemente, combate ao “homem
boi”, realizador de trabalhos desqualificados, restituindo-se, em seu lugar, o
trabalhador polivalente.
d) Controle dos
tempos e movimentos do trabalho, com a introdução da esteira rolante, e de
salários mais elevados em relação à média paga nas demais empresas.
e) Redução das
distâncias hierárquicas no interior da empresa, como forma de estimular o
trabalho em grupos, resultando em menos defeitos de fabricação e maior
produção.
13- (UEL – 2007) Segundo Émile Durkheim “[...] constitui uma lei da história que a solidariedade
mecânica, a qual a princípio é quase única, perca terreno progressivamente e
que a solidariedade orgânica, pouco a pouco, se torne preponderante”. Fonte: DURKHEIM, É. A Divisão
Social do Trabalho, In Os Pensadores. Tradução de Carlos A. B. de
Moura. São Paulo: Abril Cultural, 1977, p. 67.
Por esta lei, segundo o autor, nas sociedades simples, organizadas
em hordas e clãs, prevalece a solidariedade por semelhança, também chamada de
solidariedade mecânica. Nas organizações sociais mais complexas, prevalece a
solidariedade orgânica, que é aquela que resulta do aprofundamento da
especialização profissional.
De acordo com a teoria de Durkheim, é correto afirmar que:
a) As sociedades
tendem a evoluir da solidariedade orgânica para a solidariedade mecânica, em
função da multiplicação dos clãs.
b) Na situação
em que prevalece a solidariedade mecânica, as sociedades não evoluem para a
solidariedade orgânica.
c) As sociedades
tendem a evoluir da solidariedade mecânica para a solidariedade orgânica, em
função da intensificação da divisão do trabalho.
d) Na situação
em que prevalece a divisão social do trabalho, as sociedades não desenvolvem
formas de solidariedade.
e) Na situação
em que prevalecem clãs e hordas, as sociedades não desenvolvem formas de
solidariedade e, por isso, tendem a desaparecer progressivamente.
14- (UEL - 2008) Segundo
Braverman: O mais antigo princípio inovador do modo capitalista de produção foi
a divisão manufatureira do trabalho [...] A divisão do trabalho na indústria
capitalista não é de modo algum idêntica ao fenômeno da distribuição de
tarefas, ofícios ou especialidades da produção [...].
(BRAVERMAN,
H. Trabalho e capital monopolista.
Tradução Nathanael C. Caixeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1981. p. 70.)
O que difere a divisão do trabalho na indústria capitalista
das formas de distribuição anteriores do trabalho?
a) A formação de
associações de ofício que criaram o trabalho assalariado e a padronização de
processos industriais.
b) A realização
de atividades produtivas sob a forma de unidades de famílias e mestres, o que
aumenta a produtividade do trabalho e a independência individual de cada
trabalhador.
c) O exercício
de atividades produtivas por meio da divisão do trabalho por idade e gênero, o
que leva à exclusão das mulheres do mercado de trabalho.
d) O controle do
ritmo e da distribuição da produção pelo trabalhador, o que resulta em mais
riqueza para essa parcela da sociedade.
e) A subdivisão
do trabalho de cada especialidade produtiva em operações limitadas, o que
conduz ao aumento da produtividade e à alienação do trabalhador.
15- (UEL - 2008) Sobre
a exploração do trabalho no capitalismo, segundo a teoria de Karl Marx
(1818-1883), é correto afirmar:
a) A lei da
hora-extra explica como os proprietários dos meios de produção se apropriam das
horas não pagas ao trabalhador, obtendo maior excedente no processo de produção
das mercadorias.
b) A lei da mais
valia consiste nas horas extras trabalhadas após o horário contratado, que não
são pagas ao trabalhador pelos proprietários dos meios de produção.
c) A lei da
mais-valia explica como o proprietário dos meios de produção extrai e se apropria
do excedente produzido pelo trabalhador, pagando-lhe apenas por uma parte das
horas trabalhadas.
d) A lei da mais
valia é a garantia de que o trabalhador receberá o valor real do que produziu
durante a jornada de trabalho.
e) As horas
extras trabalhadas após o expediente constituem-se na essência do processo de
produção de excedentes e da apropriação das mercadorias pelo proprietário dos
meios de produção.
Respostas:
1- Resposta: 07
Alternativa (s) correta (s): 01-02-04
2- Resposta: 20
Alternativa (s) correta (s): 04-16
3- Resposta: 19
Alternativa (s) correta (s): 01-02-16
4- Resposta: 07
Alternativa (s) correta (s): 01-02-04
5-D 6-E 8-D 9-B 10-E 11-E 12-D 13-C 14-E 15-C
Nenhum comentário:
Postar um comentário